terça-feira, abril 01, 2008

Falta-me o tempo...

...para ir colocando algo aqui. Se alguém passou por cá nos últimos meses - ou está a fazê-lo agora desde há muito tempo - peço desculpa, mas pelas estatísticas do blog não tem havido muitos visitantes. Vou tentar passar mais por cá e até já vos posso deixar um cartaz, uma proposta para este fim-de-semana.

A Associação Cultural Burra de Milho, a Galeria Arco 8 e o Cineclube da Horta vão promover, com o apoio institucional da Gulbenkian, uma Mostra de Vídeo do Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística. A mostra arrancará no dia 5 de Abril na ilha Terceira, na Recreio dos Artistas (21H00), depois será exibida no dia 10 de Abril em S. Miguel, na Galeria Arco 8 (22h00), e, finalmente, no dia 13 de Abril no Faial, no Cine Teatro Faialense (21H30).

Este projecto tripartido tem como objectivo promover a fruição cultural e a criação de parcerias entre entidades culturais sedeadas nos Açores, que possibilitem à população açoriana conhecer projectos da mais contemporânea produção cinematográfica nacional.

O Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística foi criado sob os seguintes pressupostos: “Uma cidade, um país, uma região cultural modernos são aqueles em que se encontram lugares e agentes de inventividade e inovação permanentes (…). Portugal tem um défice enorme de tradição artística moderna, (…) tem estado maioritariamente vocacionado para a formação de intérpretes e pouco vocacionado para a formação (imperativa) de criadores-autores; A frequência – por si só - de um dos cursos do Programa não cria necessariamente um artista, antes procura dar aos que possuem vocação e talento artísticos condições para a descoberta de novos imaginários, assim como instrumentos para a sua concretização (…)”.

A Mostra engloba sete documentários que foram seleccionados, e alguns inclusivamente premiados, em festivais nacionais e internacionais de cinema, feitos por realizadores portugueses: Estrela da Tarde, de Madalena Miranda, retrata uma mulher que percorre a sua casa ou, melhor, a sua própria vida. Ao som das suas músicas. A dizer assim os seus dias.Até que o dia chega ao fim (24'); Vestígios, de Tiago Afonso, neste filme o tempo que não parou no estranho ateliê do Sr. Acácio Pina Coelho (15'30''); Compassos de Espera, de Pedro Paiva um filme que fala como descobrir a liberdade lá fora sem a descobrir cá dentro (25'); Assembleia, de Leonor Noivo, o filme procura entrar na Assembleia pela porta lateral e descobrir, com os funcionários que ali trabalham, uma outra assembleia. Lá em cima, no plenário, continuam a discutir-se as leis do País (26’); Quinta da Curraleira, de Tiago Hespanha, o filme conta a história após a demolição das barracas e a construção dos novos prédios para o realojamento dos moradores do antigo bairro da Curraleira, o filme é sobre esse lugar, sobre os encontros, as histórias e as actividades que o definem (18’36’’); Pé na Terra, de João Vladimiro, esta película fala sobre o tio Zé que cedo veio para Lisboa, transportando consigo um relacionamento muito próprio com a terra e com os homens. Foi nos escombros deixados pelas obras do metro que acabou por construir um pequeno mundo onde é Rei, obedecendo apenas ao espaço que o liberta (20’), e, por último, Entre Tempos, de Frederico Lobo, filme que incide sobre a velha Feira Popular, no centro de Lisboa, onde o tempo arrasta-se e nem a nostalgia sobrevive (13´).

Na ilha Terceira, a Associação Cultural Burra de Milho promove a Mostra em parceria com a Associação Jaçor-Juventude dos Açores, com o apoio institucional da Direcção Regional da Juventude e os apoios da Recreio dos Artistas e da Laser 2001.

domingo, outubro 21, 2007

Bares não cumprem - Discotecas de Angra prejudicadas

















Texto - Miguel Linhares / Foto -
www.contratempo.com

O problema não é de hoje, mas agudiza-se. Os bares na cidade de Angra do Heroísmo não cumprem regras e praticam os horários que mais lhes convêm, dependendo deles próprios para decidir quando se deve fechar e não seguindo o que diz a legislação e os avisos que possuem afixados nos seus estabelecimentos…quando os há!
Quem perde e sofre gravemente com tudo isto são as discotecas que, obviamente, tem um tipo de horário diferente dos bares. Enquanto os bares estão abertos desde o final da tarde, principio de noite, e tem que fechar pelas 00:00, 02:00, as discotecas abrem portas ás 00:00 ou 01:00 para fecharem pelas 06:00, ou seja um horário pós-bares, digamos assim. Ora, quando os bares fecham pelas 04:30 – por vezes 05:00 – claro que as pessoas já não vão ás discotecas, que por vezes – elas próprias – acabam por fechar depois da hora, pois os clientes já chegam tarde com intenções de ficar mais tempo. Como afirmam os responsáveis pelas discotecas angrenses, Twin´s Club e Wolf Disco, “Existe um desencontro entre as autoridades e os gerentes da maior parte dos bares, pelo que estes praticam horários que não estão autorizados para tal.”. Claro que as discotecas também tem empregados, que querem e devem sair a horas do seu emprego, mas tal por vezes não é possível, pois enquanto passam uma noite inteira à espera dos clientes, estes acabam por chegar quase no fim dos seus horários, ou seja quase de manhã, o que implica prolongar o serviço. Consequentemente, as discotecas como recebem os clientes quase na hora do fecho, acabam por ultrapassar por vezes os seus próprios horários! “Os cafés não tem horários, os bares também não tem horários, consequentemente as pessoas saem cada vez mais tarde de casa e as discotecas no meio de tudo isto é que sofrem.”, afirma um dos responsáveis. Complementam: “Acabamos, muitas vezes, por fazer só uma hora, ou pouco mais, de serviço, porque temos obrigatoriamente que fechar ás 06:00.”. O problema dos clientes saírem cada vez mais tarde, em parte, é culpa dos gerentes da noite, pois “são eles que educam o cliente. Se os espaços ficam abertos até mais tarde, o cliente sai mais tarde de casa e fica até mais tarde no bar ou no café, porque sabe à partida que estes não lhes vão colocar na rua devido ao cumprimento de horários e que vão estar abertos até ás quatro ou cinco da manhã.”, continuam.
Este é um problema com barbas na cidade de Angra do Heroísmo, mas complicou-se com a abertura dos bares no Porto de Pipas no início deste verão. Muita gente frequenta o recinto, os bares – à imagem de outros – praticam horários “de discoteca” e não existe controlo. Os proprietários das discotecas Wolf e Twin´s já contactaram as autoridades, mas sem resultados até à data. “No caso do Porto de Pipas a Polícia Marítima e a PSP não tem competências naquela área, a competência de fiscalização, pelo que nos dizem, pertence à Administração de Portos da Terceira e Graciosa (APTG), que entretanto, aparentemente, tem fechado um pouco os olhos à situação, pois são eles que acabam por alugar os espaços no recinto e esses mesmos espaços tem que rentabilizar.”, diz-nos um dos empresários.
Então que resposta dá a APTG aos responsáveis das discotecas, quando confrontada com a questão? “Dizem-nos que vão resolver a situação, mas até agora nada, já passou o verão e nós é que ficámos prejudicados!”, completa. Parece que não existe um método de trabalho, que se faça cumprir horários nos bares, mas no caso deles, quando prolongam os horários, pelas razões já evocadas, raras são as vezes em que não são avisados pelas autoridades para fecharem. Tudo isto cria um sentimento de revolta.
Um caso que parece estar um pouco à parte desta polémica, na opinião destes empresários, são as esplanadas de Angra, pois “estas acabam sempre por fechar mais ou menos a horas, pela experiência que temos dos últimos verões. Os restantes bares – na maioria – é que não cumprem!”. O caso do Porto de Pipas é o mais actual e, provavelmente, o mais crítico. “O Porto de Pipas parece-me ser a “terra de ninguém”. Ninguém assume as responsabilidades de fiscalização do recinto. Nem a PSP, nem a Policia Marítima, nem a GNR…a APTG não tem fiscais para ás 4 da manhã ir fiscalizar o Porto Pipas e a Inspecção Regional das Actividades Económicas também não nos apresenta soluções. Se calhar deveria haver uma colaboração entre estes e uma força de segurança que fiscalizasse situações como estas!”.
Contactámos o administrador da APTG, Luís Dutra, que confirma a autoridade portuária e, consequentemente, responsabilidade sob o espaço do Porto de Pipas. “Todos os espaços da APTG, como o é o Porto de Pipas, são de nossa responsabilidade e não o negamos ou desvalorizamos, mas no que concerne ao cumprimento de horários dos bares naquele espaço existem entidades que podem responder a essa questão com mais conhecimento de causa.”. Uma dessas entidades é a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, quem passa as licenças e possui fiscais para controlo, mas até à finalização desta reportagem não foi possível contactar alguém que pudesse responder a esta matéria.
Quanto à PSP de Angra do Heroísmo, na pessoa do Coordenador da Unidade Operacional de Angra do Heroísmo, o Comandante Fernando Prata, foi-nos explicado que a PSP tem acorrido a alguns espaços nocturnos, quando esta é chamada devido a problemas de ordem pública ou ruído e, nalguns casos, acabam por intervir na fiscalização. Autuam os recintos prevaricadores e direccionam as situações para as entidades competentes para seguimento do processo. No caso específico do Porto de Pipas “a competência para fiscalizar estabelecimentos de bebidas, como diz o Decreto de Lei nº 234/2007, cabe à Inspecção Regional das Actividades Económicas. No entanto, a PSP quando é chamada ao Porto de Pipas, por qualquer outra razão, acaba por colaborar nesse sentido, não deixando esse vazio.”, remata.
Os responsáveis das discotecas em Angra sentem-se discriminados, não só pela falta de acção por parte de quem de direito, mas porque, por exemplo, na Praia da Vitória nada disto se passa, visto os bares fecharem todos a horas. “Não deve haver nenhum bar na cidade da Praia que se prolongue pela noite dentro, depois das 02:00. “Tudo é cumprido, se existe fiscalização ou não, não sabemos, mas que a legislação é cumprida, isso sabemos!”. Obviamente que nestes casos, se um bar fecha a horas, as pessoas tem que ir para outro lugar, o que, naturalmente em muitos casos, passa pelas discotecas que tem um horário de funcionamento dessa hora até ás 06:00. Daí a tal questão da educação que é dada pelos empresários da noite aos clientes.
A nível financeiro, as discotecas de Angra estão a sofrer com essas situações. A Twin´s Club, aberta à 28 anos na ilha Terceira, tem-se ressentido com tudo isto e, por exemplo, já tem fechado ás quartas-feiras, pois não compensa e os clientes chegavam lá já quase à hora do fecho, pelas 05:00. “Os nossos empregados também tem as suas famílias, querem sair do serviço a horas e querem ir para casa. Do modo como as coisas tem funcionado a casa não opera como devia e não factura como devia. Até porque tudo isto é muito enganador, pois as pessoas julgam que vão pagar mais pelas bebidas numa discoteca, mas os preços entre bares e discotecas estão muito semelhantes e a diferença é mínima.”, realça o responsável por esta casa nocturna. Abrir a porta de uma discoteca, implica muitos mais custos do que abrir a porta de um bar, daí o prejuízo ser ainda maior! No caso da Wolf, existente na ilha à 4 anos e, sob a actual gerência à 1 ano, a perca tem sido maior, “pois a casa não se encontra no centro da cidade e ressente-se mais com a situação”. Só tem estado aberta ao sábado e vai fazer um esforço para abrir à sexta-feira, com outras actividades, mas como desabafa o seu responsável “os custos de uma discoteca são muito superiores aos de um bar. Nós, por exemplo, somos obrigados a ter seguranças com formação e estarmos ligados a uma empresa de segurança que está ligada ao Ministério da Administração Interna. Ora, isto é só um exemplo de custos que um bar não tem e nós temos. Se não respeitam os horários, sobrepõem-se aos nossos e nós perdemos clientes.”.
Outra situação que mencionam é o facto de a PSP também criar um certo clima de medo entre os clientes da noite, com “as sucessivas operações Stop e verdadeira caça à multa.”. Continuam: “Achamos que a PSP devia ter uma intervenção mais pedagógica e menos repressiva. As estatísticas não devem mentir e a maior parte dos acidentes nesta ilha não são provocados ás saídas das discotecas e/ou bares, nem à noite!”. Ou seja, acham que deve-se manter a ordem e o controlo nas estradas, mas estacionar e fazer operações Stop à porta dos estabelecimentos não é o método acertado. “Tudo isto só provoca medo nos clientes e hoje em dia já não temos o conceito de noite que havia há uns anos atrás devido a isso.”, desabafam.
No fundo o que estes empresários pretendem é que se cumpra as regras. “Todos nós queremos ganhar a vida e ter sucesso nos nossos negócios, mas é preciso cumprir as leis e respeitar os outros. Senão entramos num efeito “bola de neve” e isto torna-se anárquico!”, finalizam. Muitos são os sábados que as discotecas abrem e nem facturam o suficiente para pagar a despesa fixa que a casa tem só por abrir a porta. Isto poderá levar os negócios à ruptura e no entender destes empresários “é preciso que as pessoas digam se querem ou não discotecas, para sabermos o que andamos aqui a fazer!”.“Se o meu vizinho do lado não cumpre as regras, porque hei-de ser eu a cumprir se estou a ser prejudicado?!”, deixam a pergunta no ar…

in jornal "A União", 5 de Outubro, 2007

terça-feira, setembro 18, 2007

Novamente aqui.

Tenho estado ausente deste blog. Tirei férias do Escritas & Rabiscos. Vou tentar voltar.
Hoje fiz 29 anos...e como pesa pensar que vou entrar nos 30!!!
É psicológico, mas faz mossa.

sexta-feira, junho 15, 2007

quarta-feira, abril 25, 2007

25 Abril - data feliz, data triste...

Hoje, 25 de Abril, celebra-se aquele que para mim é o mais importante feriado nacional, ou pelo menos aquele que me emociona mais. Todos os anos celebro à minha maneira esta data.
Este ano não o estou a celebrar!
Logo pela hora do almoço, recebi a notícia da partida de um amigo de longa data. Embora já há uns anos não nos falássemos muito – desde que fomos para o liceu – a nossa infância e princípio de adolescência foram partilhados em alguns dos momentos mais importantes. Acho que são poucas as fotografias da minha infância, festas de aniversário, reuniões familiares, excursões e passeios pela ilha, piqueniques, caminhadas com os Montanheiros, etc., que não estamos lá os dois, desde que nascemos e pelo menos até aos nossos 13 anos, altura em que cada um seguiu a sua vida, caminhos diferentes, amizades novas... Mas ficam as recordações, muitas recordações e quase todas boas. Éramos "trafulhas", fazíamos das nossas, levávamos os belos açoites dos nossos pais (principalmente eu) e quase sempre esses açoites eram gerados por "armadilha" do outro. Quando um chorava, o outro ria... Enfim, assim se cresce, brincando, rindo e chorando. Não se deve é morrer tão cedo... E isso hoje não me sai da cabeça!
A ti, Miguel, um abraço e obrigado pela nossa infância.
Desculpa não estar aí contigo nesse último momento terreno...

segunda-feira, abril 23, 2007

terça-feira, março 27, 2007

O "botas" ganhou...

Pois é meu povo! O homem já morreu há muitos anos, mas parece que ainda anda por cá...
Sinto alguma vergonha de ser Português neste momento e saber que a maioria dos que votaram neste concurso (que embora valha o que vale, não deixa de ser constrangedor) votaram naquele que lhes privou da liberdade e educação. Muitos desses mesmos que votaram ainda devem sofrer do atrofio mental fruto daquele regime "fantástico" que Oliveira Salazar impôs durante décadas (e que Marcelo Caetano também foi figura), mas é assim. Estamos em Portugal, e é muito estranho ver um Álvaro Cunhal em 2º (muito atrás!), Fernando Pessoa, Camões, Afonso Henriques...todos eles mais atrás. É este o país desenvolvido que queremos? É assim que queremos sair da cu da Europa? É assim que queremos viver? É esta a mentalidade do século XXI?!
Acho que precisamos sangue novo, mas ainda faltam muitos anos para isso...
Engraçado, o mesmo ditador ganhou o outro prémio atribuído pela SIC Noticías/Eixo do Mal, do pior Português de sempre. Paradoxalmente...

Já agora, leiam um dos comentários mais engraçados que vi sobre este assunto. A brincar se diz umas verdades... http://bitaites.org/televisao/salazar-o-maior-portugues-de-sempre

sábado, março 03, 2007

Arreda-te pó lado!

Fonte - www.ofalaquemsabe.blogspot.com



A equipa do FALA QUEM SABE vai este mês de Março aos Estados Unidos da America, mais propriamente ao estado da California, numa digressão por várias cidades daquele estado.

Dia 24 Artesia, 25 Tulare, 30 Newark, 31 Turlok, 01 São José.

Nota - Bota que tem, boa sorte e animem essa gente!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

O maior Português de sempre...

Se o Salazar ganhar (como ouvi em alguns rumores) a votação para definir o maior Português de sempre, eu vou pensar sériamente em emigrar para o Iraque...

domingo, fevereiro 11, 2007

Cogumelo Mágico

Fonte - www.acorianooriental.pt

Uma loja para venda de "drogas legais", anunciando a comercialização de produtos naturais que contêm substâncias alucinogéneas, abriu hoje (dia 9 de Fevereiro) num centro comercial da cidade de Aveiro.
O seu proprietário, Carlos Marabuto, considera que o estabelecimento cumpre com a legislação portuguesa porque as drogas que vende não figuram na lista de produtos proibidos pela legislação portuguesa.
Denominado "Cogumelo Mágico", o estabelecimento comercializa erva sálvia em chá ou para ser fumada, cactos que contêm uma substância alucinogénica, a mescalina e até "kits" para cultivo de cogumelos "mágicos" alucinogénicos.
Em declarações ao semanário "O Aveiro", que na edição de hoje publica uma reportagem sobre a nova loja, Carlos Marabuto justifica que "só depois de nascerem é que os cogumelos contém psilocibina e psilocina, as substâncias cuja livre circulação e venda não estão permitidas.
O kit tem, entre outras coisas, as sementes, que não contêm essas substâncias, e que qualquer pessoa pode cultivar em casa". Assim sendo, e "já que a venda de mescalina é proibida", a Cogumelo Mágico "limita-se apenas a vender os cactos que contém essa substância mas que, vendidos por si só, não são ilegais".
No entanto, além do cacto, o consumidor pode adquirir um folheto em que é explicado como desidratar a planta, o que permite obter um elevado teor de mescalina.
"Vendemos apenas produtos de origem natural, que não estão na lista dos produtos proibidos, mas que contêm princípios químicos activos. Isso posso garantir eu e a minha advogada", explicou o proprietário àquele jornal.
Além dos produtos para consumo, o "Cogumelo Mágico" tem para venda livros dedicados à produção de LSD ou ao cultivo de cannabis, de cogumelos e de cactos alucinogénicos, mortalhas, cachimbos e outros apetrechos habitualmente usados no consumo de drogas.
Além do "Cogumelo Mágico", Carlos Marabuto abriu no Centro Comercial Oita a primeira sex-shop de Aveiro e suscitou recentemente a atenção da comunicação social ao afixar numa das suas lojas propaganda de apoio à organização separatista basca ETA.

Nota - o homem deve julgar que está na Holanda, ou numa futura Holanda. Será que este é o princípio de um novo referendo a curto-médio prazo?!

Nos Açores ganha a Igreja...

O Sim ganhou neste referendo. Parece que estamos a evoluir gradualmente as nossas mentalidades. Não estava à espera desta vitória tão expressiva...
Nos Açores - como não era dificil adivinhar - ganhou o Não com 69%. Ou melhor ganhou a Igreja e demais moralistas deste século XXI.
Ainda bem que o país não depende de nós...
Em todo o sul e centro do país ganhou o Sim e, mais uma vez, os distritos mais interiores e nortenhos votaram Não em maioria, assim como as regiões autónomas.
E assim vai o nosso país. Parabéns a quem defendeu o fim desta vergonha que se vivia em Portugal. Outros passos tem que ser dados, mas este já está ganho!
Com muitos anos de atrazo, mas sempre nos vamos aproximando dos países mais desenvolvidos!

Votaria sim...

Tenho imensa pena de não ter ido votar hoje, mas infelizmente estou muito longe de casa e aqui não posso votar. Mas seria Sim!
De qualquer maneira - e agora que são quase 17:00 - não estou muito confiante e acho que o Não vai ganhar. Neste país ainda vive muita gente retrógada, puritana, pseudo-religiosa... não me parece que a evolução venha ainda tão cedo. Nos Açores então, tenho quase a certeza que o Não ganha destacado. Se assim não for, vou ficar bem admirado!
Pelo menos todos aqueles que tem oportunidade não se deixem ficar em casa neste domingo morrinhento e vão votar!

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Que vida devo defender?

Texto – Miguel Linhares

Confesso que não estava muito disposto a comentar publicamente este assunto que não só está na ordem do dia, como nos entope a paciência em todos os meios de comunicação social diariamente. Mas ouço e leio tanta estupidez que não consigo ficar calado enquanto cidadão!
Em primeiro lugar – e prestando o devido respeito aos visados – não percebo o papel da igreja neste assunto. A mesma igreja que até há bem pouco tempo nos condenava por usarmos preservativo e indo mais longe, ainda defendia as relações sexuais como acto quase restrito à reprodução da espécie. Todas estas ideologias com dois mil anos de uso, não são mais do que isso mesmo. Ideologias com dois mil anos. No entanto, e ainda focando mais um ponto neste assunto, achei engraçado um panfleto que todos nós recebemos em casa que tinha como titulo o seguinte: “Descubra o que pode acontecer em Portugal no ano em que se comemoram os 90 anos das Aparições de Nossa Senhora em Fátima.”. Em jeito de pura propaganda, é-nos enviado um manifesto – chamo-o assim – apelando ao Não no dia 11, dramatizando um pouco o cenário e, claro, fazendo-nos lembrar qual a resposta que a Santíssima Virgem (?) espera de nós. Para além disso, aproveitando o momento, convidam-nos a preencher a ficha de participação na campanha pela vida e, entre as várias opções, podemos encomendar o livro “O Rosário da Vida”, que virá acompanhado de um terço por 10 Euros, 15 Euros, ou mais, se preferirmos. Bem, até a minha mãe de 72 anos, católica, crente em Deus sem a mais ténue dúvida, achou isto desadequado!
Quanto ao assunto que interessa realmente reflectir, a despenalização do aborto, convém mencionar que em ambas as partes, tanto pelo Sim, como pelo Não, muitas barbaridades já foram ditas. O pedido do Presidente da República para que este debate público fosse sereno, não tem surtido muito efeito e diz-se e faz-se tudo. Aqui todos são culpados ao tentarem defender os seus argumentos. Quando penso na pergunta que nos é colocada e pensando em tudo o que acontece neste país – e que já aconteceu a pessoas que conheço – não posso responder de outra maneira que não seja um conciso Sim! E aqui não só estou a defender a vida da mãe, que por inúmeras razões não deve ter a criança, como estou a defender a vida da futura criança que, na maioria dos casos, se vier ao mundo vai ser para sofrer.
É necessário educar as pessoas e sensibilizá-las para o planeamento familiar, mas até lá, há que dar a liberdade de escolha para quem pretender interromper a gravidez quando assim entender. Há que haver a liberdade de escolha, quem for contra não faça, também tem essa liberdade de escolha. Aí reside a democracia. Acho que é muito hipócrita pensar-se que alguma mulher no seu perfeito juízo – por mais analfabeta e ignorante que seja – realize um aborto como se de um modo contraceptivo fosse! Nenhuma mulher irá fazer um aborto com facilidade e com malvadez, como já li algures. Nenhuma mulher vai a clínicas do continente (algumas de grandes senhores doutores, se calhar, objectores de consciência (!)) ou a Espanha gastar balúrdios, correndo perigo de vida por vezes e realizando intervenções suspeitas ao nível de higiene. Ninguém faz isto de ânimo leve. Logo, não só pretendo defender a vida destas mulheres, como destas crianças, que se o chegarem a ser, não vão poder crescer como tal. E isso poderá acontecer por inúmeras razões: falta de capacidades económicas, psicológicas, rejeição ou desinteresse dos pais, ou pior, abandono que resultará numa vida infernizada em orfanatos ou similares. E, por favor, não me venham com a história que existem soluções como entregar a criança para adopção, pois sabemos muito bem o quanto custa adoptar uma criança neste país! Até que toda a burocracia esteja solucionada, até que parem de vasculhar a vida dos futuros pais até ao mais ínfimo pormenor, já passaram anos e continua a criança a sofrer em qualquer uma instituição, sem pai, nem mãe.
E irrita-me ver mulheres que ao tentar não enterrarem a sua vida com a vinda de uma – ou mais uma – criança e muitos mais custos no seu dia-a-dia, sejam julgadas em tribunal e condenadas. Quando essa mulher devia era ser apoiada pelo estado, tanto na realização do aborto acompanhado, como depois numa educação e sensibilização e acompanhamento. Prefiro pensar nos que estão cá a sofrer do que nos que podem vir para cá sofrer. É uma escolha que tem que ser feita, apesar de parecer um pouco gélida. É por isso que para além de apelar a uma luta sem tréguas ao absentismo, afirmo, sem medo, que a minha escolha no dia 11 de Fevereiro vai para o Sim à liberdade de escolha, o Sim ao fim da despenalização do aborto e o Não a este marasmo puritano, o Não à criminalização do aborto.
Mantendo-se esta lei, mantém-se o problema e não se iludam, as mulheres vão continuar a abortar em todo o tipo de condições que lhes sejam impostas, porque precisam, porque assim escolheram, mas que infelizmente vivem num estado de direito que só o é para algumas coisas…

Notas:

Sugestão de leitura intemporal: “O Aborto – Causas e Soluções”, de Álvaro Cunhal. A tese final de Álvaro Cunhal, apresentada em 1940, no 5º ano na Faculdade de Direito de Lisboa.

A Associação do Planeamento da Família diz o seguinte: “Fazer um aborto nunca é uma decisão fácil, mas as mulheres têm vindo a fazê-lo desde há milhares de anos, por muito boas razões. Sempre que uma sociedade proibiu o aborto, apenas o fez entrar na clandestinidade, onde ele se tornou perigoso, caro e humilhante. Em Portugal, uma em cada quatro mulheres já fez, pelo menos, um aborto clandestino! Este é um grave problema de saúde pública, afectando centenas de milhar de mulheres em idade fértil e sexualmente activas. Constitui mesmo a segunda causa de morte materna. Reconhecemos que o Planeamento Familiar é essencial para diminuir o número de gravidezes indesejadas embora, na prática, não resolva totalmente o problema. Porque nenhum método anticoncepcional é infalível e porque existem lacunas nas acções de Planeamento Familiar.”.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Aos camaradas...

Para os grandes camaradas com quem não posso estar hoje, um bom dia de amigos, um grande abraço e divirtam-se por mim. Infelizmente, hoje estou agarrado aos livros. Para o ano que vem talvez já esteja com vocês!
Manifestem-se pelos vossos ideais!!!

quarta-feira, janeiro 24, 2007

As Marias de hoje que abortam

Este senhor foi dos poucos políticos, no verdadeiro sentido da palavra, a actuar na nossa região. Conheci-o pessoalmente há uns largos anos atrás, quando era Director Regional da Cultura, cargo que desempenhou melhor que ninguém e que, infelizmente, deixou muitas boas ideias quando saiu, mas que ninguém soube levar avante. Ele não falava nos jovens e nas suas capacidades de "boca cheia", apoiava esses mesmos jovens e as suas qualidades artisticas e culturais e tinha projectos para eles. Quem lhe seguiu naquele posto, não deixa saudades de nenhum tipo... Enfim!
Além de variadas qualidades que este senhor possui, a da escrita já é mais do que conhecida por parte dos açorianos. Crónicas semanais saem no Açoriano Oriental e no Diário Insular (que eu saiba é só nestes dois...). Todas sempre muito interessantes, reflectidas e - qualidade que sabe dominar muito bem - quase sempre recorrendo à ironia, como recurso estilístico de grande valor. Encontrei no Açoriano Oriental, esta semana, uma daquelas crónicas que para além de ser bem pensada e escrita, dá uma resposta muita subtil e inteligente a alguns católicos-puritanos-contra-o-aborto-e-demais-actos-demoníacos, sendo este um assunto actual e que esta crónica ajuda a reflectir. Deliciem-se!

Texto - Luiz Fagundes Duarte / Fonte - Açoriano Oriental

As Marias de hoje que abortam

Fiz um esforço danado para resistir à tentação de glosar as afirmações de um médico cá da ilha, lidas nas páginas do Diário Insular, segundo o qual “o aborto nos Açores ‘não faz qualquer sentido’, tendo em conta todas as condições preventivas que são dadas às mulheres através dos Centros de Saúde”; o mesmo médico acha que “as mulheres açorianas têm todas as condições, gratuitas, por parte do Governo Regional, para evitarem a gravidez indesejada através dos mais diversos métodos anticoncepcionais”, pelo que “uma eventual lei que possa vir disponibilizar o aborto, para além das regras legais já existentes”, “não tem qualquer razão de ser”.
O clínico ilustre acaba por concluir que, cá nos Açores, “só engravida quem quer”. Eu acho que não conheço este médico, mas tenho uma vontade danada de concordar com ele – para depois dizer, recorrendo ao critério da analogia e puxando a brasa à minha sardinha, que cá nos Açores o analfabetismo e a ignorância não fazem qualquer sentido porque existem escolas públicas, gratuitas e obrigatórias, disponibilizadas pelo mesmo Governo Regional, ao alcance de todos os cidadãos. De onde me seria lícito concluir que hoje em dia só é analfabeto e ignorante quem quer. O pior é que, tal como o analfabetismo e a ignorância, o aborto existe.
E como parece que, a acreditar na voz autorizada que venho a citar, os médicos do nosso serviço regional de saúde se recusarão militantemente a praticar abortos à luz da lei que será aprovada na sequência do referendo do próximo dia 11 de Fevereiro (esquecendo que o Estado que faz essa lei é o mesmo que lhes pagou os estudos e lhes paga o salário), iremos continuar a ter por aí centenas de mulheres (e não por acaso as mais pobres e menos esclarecidas, as que não tiverem dinheiro ou expediente para irem abortar às clínicas privadas – onde se calhar iriam encontrar a prestar serviço, por bom dinheiro, os mesmíssimos médicos que agora se dizem objectores de consciência anti-aborto … nos hospitais públicos), iremos continuar a assistir a centenas de mulheres abortando em vãos de escada, abaixo de qualquer dignidade humana e despojadas dos direitos que a lei lhes confere (uma lei que despenaliza, e não “disponibiliza” o aborto, como certamente por maldade o jornalista colocou nos lábios deste nosso doutor).
Tudo isto com a já sabida bênção da Igreja – a mesma Igreja que venera a arrependida Maria de Magdala dos Evangelhos, porque Cristo a perdoou e aceitou depois de conhecer a sua história de vida – mas deixa que se apedreje as Marias de hoje que abortam, sem se preocupar minimamente em saber porque é que elas o fazem, ou de algum modo contribuir para que elas não tenham que o fazer. O que não é para admirar, dado que se trata da mesma Igreja que há meia dúzia de anos proibia veementemente os crentes de usarem preservativo, e as crentes de tomarem a pílula, mas que agora, com o novo Papa, já acha que sim senhores, viv’òs preservativos… Até porque uma coisa é certa: sendo os portugueses católicos na sua maioria, e estando os católicos, até há pouco, proibidos de verem nas relações sexuais outra finalidade que não fosse a procriação, das duas uma – ou teríamos para aí umas centenas de milhões de habitantes, em vez dos escassos dez milhões que temos, já que a cada truca-truca deveria corresponder sempre uma nova criancinha (e não me consta que os portugueses sejam escassos nessa coisa boa que é o truca-truca); ou então seríamos um triste país em que, como se vê pelas taxas de natalidade, cada cidadão não teria ido além de um ou dois truca-trucas em toda a sua santa vidinha…
No entanto, os nossos fogosos dez milhões de habitantes levam-me a concluir que, nestas coisas da vida, mais do que o direito canónico, o que venceu foi o direito do bom senso – e que o mesmo há-de acontecer, por fim, nesta candente questão da despenalização do aborto.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

ART&MANHAS4 - Encontro de artes durante cinco dias

Fonte - www.auniao.com / Texto - João Rocha

"Cinco intensos dias de encontro de artes”. É este o fio condutor da quarta edição do projecto ART&MANHAS, a decorrer na sede da Recreio dos Artistas, em Angra do Heroísmo, entre 17 e 21 de Janeiro.
De quarta a domingo, o programa contempla exposição de fotografia, fórum de discussão, poesia, curtas-metragens, teatro, café concerto e stand up comedy. Desta forma, segundo o promotor da iniciativa, o Teatrinho – Espaço de Criação, será “possível garantir um verdadeiro encontro de artistas, onde todos os presentes e participantes tomem verdadeiramente contacto com o trabalho de outros”. Como encontro de artes, o ART&MANHAS4 pretende “valorizar o maior número de áreas artísticas possível, sendo que a Fotografia, no mundo digital em que vivemos, ocupa indubitavelmente um lugar de destaque”.
Na quarta edição deste encontro de artes, o Teatrinho lançou o desafio a três jovens fotógrafos (Elisabete Costa Homem, Paulo Andrade Silva e Rita Silva) para integrarem uma exposição de fotografia colectiva intitulada “Primeiras Impressões”. Como o nome indica, trata-se uma exposição inaugural, onde estes jovens fotógrafos expõem, pela primeira vez, os seus trabalhos. Acresce que ao longo do ART&MANHAS, paralelamente à exposição de fotografia, e com início coincidente, decorrerá a actividade Foto da Noite. Assim, no espaço da exposição será reservado um expositor vazio. Desafiando os participantes e público em geral, esse expositor será preenchido com a foto que, a partir da escolha de um júri nomeado para o efeito, melhor qualidade tiver para exposição. “Desafiamos desta forma o público do encontro, assim como todas as pessoas, para participarem neste desafio: para tal é apenas necessária uma máquina fotográfica e muita imaginação” – especifica a organização. No final da noite, após a selecção do júri, a foto vencedora daquela noite será impressa e exposta – integrada na exposição Primeiras Impressões – durante o dia seguinte e ao longo de todo o dia até à escolha e impressão da foto da noite seguinte.
Por outro lado, e subordinado ao tema “Cultura e Entretenimento”, tem lugar um fórum de discussão que pretende ser um “espaço aberto e convidativo à discussão, ao confronto e à reflexão no domínio das políticas culturais da responsabilidade de diversas entidades da ilha, numa base de concertação e entendimento cultural”, que apresenta como convidados Cláudia Cardoso, Mariana Matos e Sónia Borges.

Teatro

“O Canto do Cisne”, “E o Texto?” e “Elas sou eu – o que a gente não faz para pagar a renda?” são as três peças teatrais que subirão ao palco durante o ART&MANHAS 4.Com produção do Nariz – Teatro de Grupo, a sinopse de “O Canto do Cisne “ referencia “dois actores, uma sala de teatro desnudada, 15 projectores, uma mesa de luz e uma simples aparelhagem com leitor de CDs, ajudam a situar o encontro – (fora de horas) de dois ratos do teatro – um ponto e um actor – numa exposição cruel da vida de dois fazedores de teatro”. “Duas personagens capazes de puxar pelo talento e despertar os grandes papéis que interpretaram ao longo do tempo num ritmo estonteante, em tom trágico – cómico em que todo o trabalho técnico (som e luz) é da responsabilidade dos actores” – sintetiza. Quanto à sinopse de “ E o Texto?”, é sublinhado que “não deixa de ser uma pertinente pergunta para qualquer peça de teatro. Todas as peças de teatro têm um texto. Todos os textos têm um autor. Todas as peças de teatro têm actores e por consequência um autor. O autor do texto. Há textos grandes, textos pequenos, textos humorísticos, textos dramáticos, textos… enfim, há efectivamente uma grande diversidade de textos. Há também igualmente uma grande diversidade de peças de teatro, consoante os textos”. Produzido pelo Teatro Novo, “Elas sou eu – o que a gente não faz para pagar a renda?” questiona sobre o “que acontece quando uma empregada doméstica consegue convencer o seu patrão, às vésperas de uma estreia, de que ele é um péssimo actor?”. “Ele mata-se? Despede a empregada por justa causa? Ou simplesmente deixa de aparecer no teatro dando, sem saber, oportunidade à empregada de tomar o seu lugar no espectáculo “Elas sou Eu – O que a gente não faz para pagar a renda”?” – concretiza a sinopse do espectáculo.

Curtas-metragens

“Apostando sempre na inovação e privilegiando as novas tecnologias”, criou-se o espaço “Noites Curtas” para a apresentação de curtas-metragens ao público terceirense. Algumas das obras em apresentação foram realizadas nos Açores, outras foram da autoria de autores açorianos, outras provêm do continente português.As películas em exibição são “A festa: Gonçalo Cabaça. Duração: 5.53”, “Refunction: Solange Costa. Duração: 3.03”, “Poser: Marco Costa, Filipe Ribeiro, Paulo Jesus. Duração: 2.33”, “Mas… quem és tu?: Gonçalo Cabaça. Duração: 2.15”, “Auto Retrato: Jorge Franco. Duração: 3.10”, “O Marinheiro: Marco Costa. Duração: 3.00”, “Operação Plástica: Paulo Ávila Sousa. Duração: 3.33” e “Como fazer a animação mais simples: Gonçalo Cabaça. Duração: 2.02”. O ART&MANHAS acredita que o “futuro criativo dos Açores (e não só) passa não só mas também pela criação cinematográfica, vertente cultural que assume cada vez mais importante no cenário cultural açoriano”.

Poesia e música

O encontro de artes reserva, ainda espaço para “Confidências… (de 1 dia)”. Nascido em 2003, este projecto de Luís Costa (voz) e Rui Terra (piano) tem como ponto de partida poemas e/ou desabafos não só originais, como também de grandes nomes da poesia Portuguesa, tais como Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Eugénio de Andrade, entre outros; acompanhados por arranjos musicais na sua grande maioria originais. O projecto apareceu para, de uma forma diferente, e a nível regional, mostrar às camadas mais jovens e não só, uma outra maneira de ver a poesia. Desde 2004, “O Confidências… (de 1 dia)”, já efectuou 3 recitais de poesia no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo.
O espaço do Café Concerto é também animado pela banda “Othello”, formada em 2006, com a vontade de criar temas originais. Começaram por tocar alguns covers... ao mesmo tempo foram criando o seu próprio som, que se caracteriza pela diversidade de influências e estilos de cada elemento, que vão da música erudita ao Rock, passando pelo jazz e funk. O artista Pedro Machado é outra presença confirmada, apresentando versões acústicas de músicas internacionais.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Os 10 maiores portugueses

Fonte - www.aiquemedoi.pt.vu/

Por ordem alfabética:

- D. Afonso Henriques
- Alvaro Cunhal
- António de Oliveira Salazar
- Aristides de Sousa Mendes
- Fernando Pessoa
- Infante D. Henrique
- D. João II
- Luis de Camões
- Marques de Pombal
- Vasco da Gama

Agora que são conhecidos os 10 maiores portugueses, chegou a altura de decidir qual deles é o maior português. Para esta nova votação, só pode ser feita por telefone. Assim para votar na sua escolha é só marcar o n.º à frente da sua personalidade favorita:

- D. Afonso Henriques - 760 10 2001 (0.60€+IVA)
- Alvaro Cunhal - 760 10 2002 (0.60€+IVA)
- António de Oliveira Salazar - 760 10 2003 (0.60€+IVA)
- Aristides de Sousa Mendes - 760 10 2004 (0.60€+IVA)
- Fernando Pessoa - 760 10 2005 (0.60€+IVA)
- Infante D. Henrique - 760 10 2006 (0.60€+IVA)
- D. João II - 760 10 2007 (0.60€+IVA)
- Luis de Camões - 760 10 2008 (0.60€+IVA)
- Marques de Pombal - 760 10 2009 (0.60€+IVA)
- Vasco da Gama - 760 10 2010 (0.60€+IVA)

Só será possivel votar uma única vez no seu português preferido, visto só ser aceite uma chamada por aparelho telefonico. No entanto se desejar poderá mudar o seu voto, para o efeito terá apenas que marcar o n.º da personalidade que deseja e o seu voto será alterado.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Segundo o “EXPRESSO” - Angra é a melhor cidade dos Açores para viver

Fonte - A União / Texto - Pedro Ferreira

Angra do Heroísmo é a melhor cidade do Açores e a quinta melhor cidade do país para se viver em 2007, segundo a classificação de um trabalho efectuado e publicado na última edição do semanário “Expresso”.No ranking de 40 cidades portugueses, a primeira urbe a ser classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, está, apenas, atrás de Lisboa, Guimarães, Évora, Porto e Aveiro.
Entre os parâmetros de avaliação que colocam Angra do Heroísmo à frente de Ponta Delgada, Coimbra, Funchal, Faro, entre muitas outras, estão 20 critérios: acessibilidades, sinalética, fluidez de tráfego, oferta cultural, espaços verdes, qualidade urbanística, comércio, relação com a água e a paisagem, equipamentos desportivos, estacionamento, segurança, animação nocturna, alojamento turístico, restauração, equipamentos sociais, património, governança e cidadania, capacidade de atracção estudantil, desempenho económico e qualidade dos espaços públicos.Publicado na revista “Única” (suplemento ao semanário), este estudo coloca Angra do Heroísmo “numa posição muito interessante”, mas que acaba por resultar, também, “de todo o trabalho que temos vindo a desenvolver nos últimos tempos nesta nossa cidade, no nosso concelho e pela nossa ilha”, afirmou-nos José Pedro Cardoso, presidente da autarquia distinguida pelo trabalho do “Expresso”.
Pontos de realce nesta classificação “das melhores cidades portuguesas para viver em 2007”, são, relativamente à urbe da ilha que já foi capital do Reino, são os que dizem respeito à “qualidade urbanística” e à “segurança”. Numa escala de pontuação de zero a cem, nestes dois itens, Angra merece 70 pontos.Porém, é a “qualidade dos espaços públicos” que merecem maior relevo neste trabalho. Consideram os seus autores que “não é por acaso que Angra foi a primeira cidade a ver o seu centro histórico receber o galardão da UNESCO, já em 1983”. “A Fénix renascida do terramoto de 01 de Janeiro de 1980 mantém um notável equilíbrio entre as exigências logísticas que o seu papel no arquipélago impõe e a persistência da memória”.Para além destas considerações, o estudo frisa, igualmente, o facto de em Angra “se preservar a arquitectura tradicional açoriana”.
Com um total de pontuação, nos 20 critérios avaliados, de 1210 pontos, somente 95 pontos atrás da primeira classificada (Lisboa), Angra destaca-se das outras duas antigas capitais de distrito: Ponta Delgada surge na sétima posição (com 1175 pontos) e a Horta, no universo de 40 cidades, é a 24ª (com 1025 pontos).Se exceptuarmos os parâmetros “qualidade urbanística” e “segurança”, que foram os mais pontuados, constata-se, ainda, que a capital da ilha Terceira merece destaque pelo seu comércio, espaços verdes, relação com a água e a paisagem, alojamento turístico e restauração.

Património esquecido

Não deixa de ser curioso que, todavia, o item Património não tenha sido pontuado mais elevadamente, facto que pode dar que pensar, nomeadamente por algumas queixas/protestos relativas à não manutenção do edificado ou à construção de infraestruturas alicerçadas na designada arquitectura contemporânea.Se olharmos, entretanto, para o reverso da medalha, vamos analisar que o estudo do “Expresso” coloca a nu as principais dificuldades sentidas no dia-a-dia pelos angrenses. Isto é, neste trabalho avaliativo, verifica-se que as pontuações mais baixas aplicadas a Angra do Heroísmo têm que ver com factores como a sinalética, a fluidez de tráfego, o estacionamento e, muito importante, a governança e cidadania. A título de comparação, Ponta Delgada perde para Angra nos critérios referentes à sinalética, nos espaços verdes e qualidade urbanística, equipamentos desportivos, segurança e restauração, mas ganha em aspectos como fluidez de tráfego, relação com a água e a paisagem, estacionamento, animação nocturna, alojamento turístico, governança e cidadania, capacidade de atracção estudantil e desempenho económico.
Os pontos altos da cidade presidida por Berta Cabral são dois: relação com a água e a paisagem e alojamento turístico.Já a cidade da Horta, na ilha do Faial, tem no desempenho económico o seu ponto fraco e na segurança e relação com a água e paisagem os seus pontos fortes.Se, por um lado, este trabalho é motivador para os cidadãos angrenses, por outro, o mesmo deve ser encarado pelas autoridades responsáveis pela gestão da coisa pública como instrumento de trabalho para que se encontrem soluções que possam, de futuro, melhorar as performances alcançadas para o ano de 2007.

Nota - Não podemos deixar de ficar felizes com esta notícia, mas também prudentes e pensar melhor o futuro...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Demência na 1ª pessoa.

Inicio o ano com mais um dos meus momentos divagantes.


Desejo-te

Momentos de introspecção, abuso.
Clarividências de tudo o que vivi,
O que desejaria ter vivido, o que não me deste.
Momentos que entrego ao desuso.
Memórias… não sei se as senti,
O que poderia ter vivido, o que não me deste.

Desejos gritados por olhares.
Arrepios passeiam ao natural,
O que desejaria ter sentido, o que não me deste.
Segredos que atravessam mares.
Guardados num corpo divinal.
O que poderia ter sentido, o que não me deste.

Medos ferozes, persistentes.
Do que foi, do que era!
Do desejo de não desejar o que ainda não sentimos. O que não te dei.
Abraços arranhados e dormentes,
Unhas que cravam a pele da fera.
Desejosa de desejar o que ainda não sentiu. O que não te dei.

Recordo prazeres a dois
Gritos vorazes e titubeantes,
De desejo e de desejar ainda mais. O que não te dei.
Oh, imaginação fértil que sois!
Que gritos querias e gemidos ouvias, dissipantes.
Mas desejo deixar de te desejar
E sei que sabes o mesmo que julgo saber. O que não te dei…

Miguel Linhares, Ponta Delgada, 07 de Julho de 2006